CHUVAS DESALOJAM MILHARES DE FAMÍLIAS NA VILA DO SOYO

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As chuvas, que caíram intensamente na vila petrolífera e piscatória do Soyo, de Novembro a Dezembro de 2024, deixaram milhares de famílias desalojadas, informou, ontem, ao Jornal de Angola, o comandante municipal do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.

O intendente bombeiro André Soares disse que de Novembro a Dezembro do ano passado, além de 1.088 casas , houve o registo de destruição de infra-estruturas como igrejas, farmácias, dois poços de petróleo, escola primária, farmácia, posto de saúde, cantina, cabina eléctrica e uma oficina mecânica construída em zona de risco.

O responsável informou que as chuvas causaram estragos materiais nos bairros Nkungu Yenguele, Pângala, Kikudo, Kitambi, Mongo-Soyo, Kukala Kiaku, Pungo e Baixa da cidade.

André Soares assegurou que foi criada uma comissão multissectorial que trabalha para a sucção da água nas casas afectadas, para além do apoio às famílias sinistradas.

“Estamos a trabalhar no cadastramento das famílias residentes em zonas de sinistro, com vista à prestação do apoio necessário ”, disse, sublinhando que além das casas inundadas, as águas das chuvas deixaram ruas intransitáveis e amontoados de lixo em valas de drenagem.

Garcia Mayala, um dos sinistrados das chuvas, reconhece que por ter construído numa zona de risco acabou por perder a casa onde vivia com a família. Por sua vez, Maria Nzambi, 31 anos e mãe de cinco filhos, incluindo uma menor de nove meses, residente no Bairro Nkungu Yenguele, ficou com a casa totalmente inundada, em consequência das fortes chuvas. Disse que a única esperança está no apoio que a Administração Municipal do Soyo vai dar.

“ Estamos a atravessar uma situação bastante difícil, porque não temos recursos para ultrapassarmos esse problema. Por isso, a nossa única esperança está no apoio que esperamos receber da Administração Municipal”, disse.

Isabel Mariza, outra vítima das enxurradas, lamentou o facto, informando que depois de perder a casa foi acolhida por “uma vizinha de bom coração”. 

Mãe de quatro filhos, clama por apoio do Estado e de instituições de caridade, numa altura em que as autoridades administrativas e o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros trabalham na mobilização de recursos para o apoio às famílias que viram as suas casas e bens destruídos pelas chuvas.

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