SONANGOL PAGA SALÁRIO A 2 MIL FUNCIONÁRIOS FANTASMAS

A petrolífera angolana Sonangol revelou, através do Presidente do Conselho da Administração, Sebastião Pai Querido, que cerca de 2 mil funcionários estão actualmente na sua folha salarial, mas sem exercer funções. A declaração foi feita na terça-feira, 25 de fevereiro, durante uma conferência de imprensa sobre os 49 anos da empresa.
Sebastião Pai Querido explicou que a direcção está a desenvolver um plano para dar utilidade a este grupo de trabalhadores em excesso, sendo que, para permitir a entrada de novos colaboradores, muitos destes estão enquadrados como estagiários, e não como trabalhadores efectivos.
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, manifestou a sua preocupação com a situação, sublinhando que o excesso de pessoal na Sonangol, bem como alguns activos e passivos não produtivos, são questões que precisam de ser resolvidas. Diamantino Azevedo frisou a importância de aumentar a produção de petróleo da empresa, destacando a necessidade de uma gestão mais eficiente e uma melhoria nos níveis de actividade económica.
Diamantino Azevedo reiterou o desejo de ver a petrolífera a elevar os seus níveis de produção: “Quero, efectivamente, ver a Sonangol chegar à percentagem que em conjunto decidimos, requalificar esse pessoal, dar mais formação para que eles possam ser utilizadas em outras áreas, se calhar fora do qual estão formados; mas, acima de tudo, a Sonangol ter mais actividade económica”.