“É HORA DE UMA TRANSIÇÃO POLÍTICA RESPONSÁVEL” -KAMALATA NUMA

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ANGOLA ENTRE A INCONSTITUCIONALIDADE GOVERNATIVA E O PESO INSUSTENTÁVEL DA DÍVIDA: É HORA DE UMA TRANSIÇÃO POLÍTICA RESPONSÁVEL

Angola vive um momento decisivo. A crescente inconstitucionalidade governativa, somada ao peso excessivo da dívida pública, expõe o país a uma profunda vulnerabilidade institucional e económica, abrindo brechas perigosas para choques externos e instabilidade interna.

As divisões dentro do MPLA e a interferência do regime no Congresso Ordinário da UNITA intensificam a dificuldade de normalizar e fortalecer as instituições democráticas que já se encontram fragilizadas. Essa fragilidade pode ser explorada por forças anti-constitucionais, interessadas em subverter a ordem constitucional vigente e comprometer ainda mais o futuro do país.

É fundamental e exigência constitucional que as instituições de defesa e segurança não sejam instrumentalizadas por aventureiros infiltrados no aparelho do Estado. Angola já sofreu demais com ciclos de instabilidade e não pode permitir retrocessos.

Há soluções — e elas são claras.

As Resoluções do Congresso Nacional da Reconciliação, recentemente promovido pela CEAST – Igreja Católica, apontam caminhos realistas e viáveis.

O país necessita de um Pacto de Transição Política Responsável para Angola (PTPRA), que deve ser assumido com urgência por João Lourenço (JLO), Adalberto Costa Júnior (ACJ), todas forças políticas e sociais de Angola, como demonstração de maturidade e compromisso patriótico.

A Soberania Popular tem de se tornar mais activa, mais vigilante e mais exigente, para que o rumo político do país não seja definido por golpistas visíveis ou ocultos.

Angola já conquistou o Estado Democrático de Direito. Agora, precisa aprofundá-lo:

* com democracia interna real nas instituições do Estado e nos partidos políticos;

* com eleições gerais verdadeiramente livres, justas e universalmente aceites;

* com renovação democrática, dentro e fora das formações políticas.

Angola está preparada para assumir um novo destino — um destino baseado na unidade, na reconciliação e numa Transição Política Responsável que coloque o país finalmente no caminho da estabilidade, prosperidade e justiça.

A Guiné Bissau, da parte de todos os envolvidos, é mau exemplo para África que teima em encontrar o rumo de estabilidade de suas instituições.

Por isso mesmo, o Poder de Estado não pode, jamais, ser capturado por grupos que actuam à margem da lei ou que colocam interesses obscuros acima do bem comum. O Estado deve ser conduzido por cidadãos íntegros, capazes e comprometidos com a ética, com a Constituição e com o futuro de Angola.

Um país só avança quando o poder é exercido com responsabilidade, transparência e serviço ao povo — nunca ao serviço de redes nocivas que corroem a confiança pública.

OBRIGADO!

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