EX-INSPECTOR GERAL DA ANIESA ACUSADO DE LESAR O ESTADO EM MAIS DE MIL MILHÕES DE KZ GASTOS SUPOSTAMENTE EM VIAGENS FANTASMAS E ESQUEMA DE CORRUPÇÃO

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O antigo  Inspetor-geral da Autoridade Nacional Inspectiva de Segurança Alimentar (ANIESA), Diógenes de Oliveira, afastado depois de 4 anos na instituição, pelo ministro da Indústria e Comércio, Rui de Oliveira, terá desviado mais de mil milhões de Kz com supostas viagens fantasmas, revela relatório da Auditoria em posse do Observa Angola.

A informação foi prestado por fontes do IGAE, que efetuaram a referida auditoria, e questionam o porquê do arquivamento de sanções contra o antigo responsável da instituição Diógenes de Oliveira.

Para além de desvio de mais de mil milhões de kz com viagens fantasmas, que não ficaram justificados no Relatório da Auditoria, o IGAE e o Tribunal de Contas deveram chamar o Ex-Inspector geral do ANIESA para o Constituir Arguido e imputar a responsabilização criminal, é citado por ex-colaboradores de ter montado um esquema de corrupção com empresários, que faziam chegar ao seu gabinete varias quantias de soma em dinheiro.

A Festa na ANIESA depois de exoneração do corrupto.

Depois da exoneração de Diógenes, houve uma festa de alegria dos seus antigos colaboradores, Cristiano Francisco (proveniente da Direcção Nacional de Inspecção e Investigação das Actividades Económicas – DNIIAE) e Domingos Mucumbi (proveniente do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado – SINSE) faziam parte da primeira direcção da ANIESA nomeada pelo Presidente da República, João Lourenço, em 2020.

Após a exoneração do Inspector , os dois inspectores gerais adjuntos foram vistos – por todos – a festejar na sede da ANIESA, gritando aos quatro cantos, na altura, que o demissionário inspector geral era um “intrujão arrogante” que os faziam “vida cara”.        

A reforma do sistema de fiscalização económica em Angola tornou-se oficial com a publicação, no Diário da República Iª Série n.º 227, de 3 de dezembro de 2025, do Decreto Presidencial n.º 255/25, que aprova as Medidas para a Implementação da Reforma do Sistema de Inspecção Económica. A medida representa uma das mais profundas alterações na arquitetura de controlo das actividades económicas no país.

O decreto estabelece que o Serviço de Investigação Criminal (SIC), a Direção de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP) da Polícia Nacional e as Direcções Municipais de Fiscalização deixam de ter competências de fiscalização económica. Em simultâneo, o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC) é oficialmente extinto.

Em seu lugar, o Executivo procede à refundação e fortalecimento da ANIESA, Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar, que passa a assumir, de forma exclusiva e centralizada, todas as ações de inspeção, controlo e verificação das actividades económicas, bem como a proteção do consumidor no novo modelo institucional.

Com a centralização das competências na ANIESA, o Governo afirma pretender eliminar duplicidade de funções, reduzir conflitos de autoridade e tornar o sistema mais eficiente e transparente. A nova autoridade deverá publicar, nos próximos meses, regulamentos específicos e um calendário operacional para orientar as empresas e os consumidores.

FONTE: Observa Angola

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