“BOLSAS DE ESTUDO É O ÚNICO PONTO POSITIVO DE ISAÍAS KALUNGA” AFIRMA VITORINO MEMBRO DO CNJ

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Apesar das denúncias, Vitorino reconhece que o projecto de bolsas de estudo, implementado por Isaías Kalunga, tem sido o único programa que “funcionou e sempre foi feito de forma legal, consoante as vagas disponíveis”.

VAGAS DE EMPREGO: DISTRIBUIÇÃO OBSCURA

Sobre vagas de emprego e oportunidades enviadas por instituições como a  SONANGOL, Polícia Nacional, Bombeiros e T’Cul, Vitorino afirma não houve transparência, não houve registos sobre quem são os beneficiários, e que existem vários membros do órgão directivo do CNJ desempregados.

“Fazemos ponte para os outros passarem, mas nós que trabalhamos lá dentro estamos sem emprego,” lamentou.

KALUNGA ACUSADO DE DESVIO DE VIATURAS E IRREGULARIDADES FINANCEIRAS

O membro do CNJ afirma categoricamente que houve também desvio de viaturas do CNJ, entre elas uma viatura comprada recentemente a 15.400.000 Kz (Quinze milhões e quatrocentos mil kwanzas), proveniente da última dotação financeira, e que esta viatura foi  entregue ao acessor de Isaías Kalunga a quem preferiu não citar o nome e não consta no relatório oficial de activos e passivos.

Na mesma senda,Vitorino classifica também como ilegal a reunião do CRP realizada a 4 de Outubro de 2025, uma vez que “Já havia caducidade do mandato. É imaturidade jurídica e violação estatutária.”

Segundo ele, o Ministério da Juventude e Desportos e outros órgãos do Estado devem investigar o paradeiro das viaturas e dos fundos.

‘KALUNGA NÃO QUER LARGAR O PODER POR MEDO PORQUE O MANDATO DELE JÁ EXPIROU’

Segundo o Estatuto do CNJ, art.º 29, explica Matias, o mandato dos órgãos sociais expirou oficialmente a 31 de Maio de 2025. A Assembleia Ordinária deveria ter sido convocada 90 dias antes, porque a eleição de 27 de Agosto de 2020 completou o ciclo de cinco anos. “Mesmo com alteração estatutária, o mandato não podia ser estendido. Mas Kalunga recusa convocar o congresso porque tem medo de ser preso e quer arrastar o processo até 2026 ou 2027.”

Vitorino acusa Kalunga de privilegiar exposição mediática em detrimento da execução real.

“Ele pensa no projecto, chama a mídia e fala. Não sabe como vai funcionar. É tudo emotivo e sem sustentabilidade.”

Chegou mesmo a citar declarações de uma responsável da fábrica automóvel “Nova Era”, que teria chamado Kalunga de “maluco”por este facto.

Matias apela ainda ao Ministro do Interior a retirar os mais de sete escoltas de Isaias Kalunga por considerar estar ilegalmente na presidência do CNJ

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