MORREU A FUNCIONÁRIA ENVOLVIDA NO DESVIO DE 400 MILHÕES DO PROJECTO FUNDO GLOBAL DA LUTA CONTRA MALÁRIA/2017
O passamento físico de Sónia Carla de Oliveira Neves, ex-funcionária do MINSA, envolvida no desvio de KZ 400 milhões em 2017, referente ao projecto Fundo Global Ronda 10/11, afecto ao ministério da Saúde (Programa Nacional de Controlo a Malária da Direcção Nacional de Saúde Pública (DNSP) e responsável pelas finanças da unidade técnica de gestão (UTG), é recordado com nostalgia pelos colegas do projecto que aguardam a dez anos em casa o desfecho em tribunal.
MATIAS MIGUEL
De acordo uma nota enviada ao Na Lente do Crime, com o desaparecimento físico de Sónia Neves, condenada a oito anos por desvio de fundos na unidade técnica de gestão (UTG) do MINSA, em coluio com Nilton Saraiva (colega), também condenado a seis anos.
Este caso leva 46 trabalhadores, distribuídos nas 18 províncias, entre médicos, motoristas e oficiais que (pagam pelo pão que o diabo amaçou), aguardam em casa há dez anos o desfecho do tribunal, lamentam.
“A Sónia parte, mais deixa um problema que ela criou, da qual o tribunal ainda não deu solução e, isto nos aflige”, conta.
Sonegação de processos
Os trabalhadores descontentes atestam que, “intentamos uma acção judicial contra o Ministério da Saúde no tribunal civil no processo n° 336/21 letra A que foi sonegado, enquanto isso estamos em casa no desemprego. Somos um total de 46 ex-trabalhadores, entre motoristas e oficiais de saúde, distribuídos pelas 18 províncias, deste número, apenas os médicos foram repescados, lê-se.
Em julgamento, os acusados fizeram a devolução dos valores, mais por conta destes dois, nós na qualidade de trabalhadores ficamos na incerteza do nosso futuro, disse.