CRISE DA GASOLINA EM BENGUELA: SILÊNCIO DAS AUTORIDADES IRRITA MUNÍCIPES

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A província de Benguela, enfrenta uma grave crise de escassez de gasolina, com o combustível sendo vendido a preços inflacionados no mercado informal (entre 800 e 1.000 kwanzas por litro) e longas filas nas bombas, o que eleva os custos de transporte e afeta o dia a dia dos moradores e mototaxistas.

CORREIODAMANHÃ – ANGOLA

Segundo os munícipes: o silêncio das autoridades acaba por ser tão ou mais irritante do que a “própria” crise de gasolina na província de Benguela. São milhares de moto-taxistas e taxistas de mãos atadas, com implicações na mobilidade das famílias, e produtores com os campos agrícolas secos, mas o Governo prefere assobiar para o lado.

 No final do acto de tomada de posse dos membros da Câmara de Comércio, Indústria, Agro-pecuária e Pescas, “o governador teve uma oportunidade para fazer vincar a ideia de que os governantes respeitam o Zé Povinho. Infelizmente, digo, Manuel Nunes Júnior perdeu uma soberana oportunidade para, quiçá, apresentar uma mensagem de conforto, nem que fosse daquelas que nós conhecemos”.

 “O povo precisa de uma explicação, merece ser respeitado. Há camponeses a sair do Dombe em direcção à Lucira, no Namibe, e tantos outros a adquirir o derivado do petróleo na candonga”.

 Muita produção vai acabar por secar, terá o lixo como destino, mas a mensagem do governador, acompanhada de um sorriso envergonhado, é simples : “estamos aqui a abordar outros assuntos”. E assim vai amanhã ao Egipto Praia, na abertura da campanha agrícola, dizer que o Governo tem na agricultura familiar um importante sector na luta contra a fome. Dá para acreditar?

  Se governar é, como temos acompanhado dialogar com os governados, talvez fosse prudente dizer que “estamos à espera de uma informação da Sonangol a propósito do assunto”. Sei lá , qualquer coisa para acalmar este povo que perde horas e horas em filas enormes.

  Dito isto, elogio a postura, evidenciada em Benguela, de José de Lima Massano, ministro de Estado para Coordenação Económica, cargo que já pertenceu ao timoneiro da Praia Morena, quando pediu desculpas aos funcionários públicos angolanos devido a um longo atraso salarial.

Realçar que a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o problema. 

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