EFECTIVO DO SIC ASSASSINADO: AGENTE DA POLÍCIA NACIONAL MATA A TIRO IRMÃO DO PRESIDENTE DA MOVANGOLA

Jeremias Alcino Sawanga, agente de Terceira classe do Serviço de Investigação Criminal, colocado no Porto de Luanda, foi morto a tiro, neste domingo, 12, por um agente da Polícia Nacional, identificado por Tiago dos Santos Lucamba, colocado no Comando Municipal de Cacuaco e em serviço na Esquadra da Vila Sede, no Destacamento Policial da Eco Campo, como patrulheiro.
A fonte deste portal afirmou que a vítima é irmão do Presidente do Movangola, António Alcides Sawanga, que tem movimentado em todo país acções filantropicas e no processo de enquadramento do pessoal para vários órgãos do MININT, é citado como o negociador de várias vagas que foram comercializadas.
Segundo uma testemunha identificada apenas como Wiliam, militar das Forças Armadas Angolanas (FAA), e amigo de ambos, o facto ocorreu por volta das 22 horas, quando o acusado se deslocou a feira das roullotes, a cerca de 500 metros da esquadra da Nova Urbanização, para jantar, abandonando o seu posto de serviço, situado a aproximadamente 500 metros da esquadra, sem o conhecimento do seu comandante e se dirigiu a mesa onde estava o efectivo do SIC e o militar.
“Eu e o Jeremias já estávamos lá a conviver, ele (Jeremias) levantou-se, pôs a mão no meu ombro e começámos a conversar. Disse-me: Sempre com os bufos? A partir daí começou a confusão, e eu ainda tentei impedir”, relatou.
Acrescentou que o agente da Polícia, que estava fardado, desferiu subitamente quatro bofetadas no peito da vítima, ameaçando matá-o. Segundo o entrevistado, Jeremias afastou-se do local na tentativa de evitar que o pior acontecesse.
“Parecia ser uma acção já premeditada, porque antes de cometer o homicídio, o agente disse: “Conheço-te bem, és um agente do SIC vamos dar-te um cartão vermelho”, frisou.
William salientou que, logo depois de deixar o local, o agente regressou com uma arma de fogo do tipo AKM e efectuou um disparo na região abdominal, provocando a morte imediata da vítima.
Ainda de acordo com a testemunha, após o incidente, o homicida dirigiu-se à sua esquadra, onde informou o comandante sobre o ocorrido. O oficial, no entanto, limitou-se a receber-Ihe a arma, sem proceder a qualquer detenção, tendo o agente desaparecido da esquadra pouco depois e continuando foragido até ao momento.
Quanto à detonação da granada, a testemunha afirma que ocorreu após a remoção do corpo do local, desconhecendo-se o autor da declaração do engenho explosivo.
Ouvido por este jornal, José Baptista e Madalena Sebastião, vítimas da explosão, confirmaram que esta se deu após a retirada do cadáver.
“Não sabemos, concretamente, quem lançou a granada de que fomos vítimas, mas não foi o malogrado”, afirmaram.
No entanto, o Na Mira do Crime sabe que pelo menos 21 pessoas ficaram feridas na explosão, todas já se encontram fora de perigo.
De acordo com o porta-voz da Polícia Nacional em Luanda, Superintendente-Chefe Nestor Goubel, o presumível autor do homicídio encontra-se em parte incerta, estando em curso diligências com vista à sua detenção, para ser presente ao Ministério Público e ao Juiz de Garantias, a fim de se darem início aos procedimentos legais.