ELEIÇÕES NA JMPLA: DELEGADOS DE BENGUELA DENUNCIAM AMEAÇAS E PRESSÕES PELO VOTO EM CAPAPINHA

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As eleições para a liderança da Juventude do Movimento Popular de Libertação de Angola (JMPLA) configuraram-se como um momento decisivo tanto para a organização quanto para a juventude angolana. No entanto, o pleito deste ano é marcado por acusações de práticas intimidatórias e favorecimento do candidato Capapinha, em detrimento do candidato Hach, gerando preocupações sobre a transparência e a equidade do processo eleitoral.

Desde o início da campanha, percebeu-se um forte clima de favoritismo em torno de Capapinha, alegadamente incentivado pelo secretariado cessante, que influenciaria os delegados das 18 províncias para apoiarem esse candidato. Essas pressões foram denunciadas em várias regiões do país, mas foi em Benguela que os delegados demonstraram maior coragem em denunciar publicamente as supostas ameaças e coerções, com vídeos das denúncias circulando amplamente nas redes sociais. Esse cenário gera sérias preocupações quanto à liberdade do processo eleitoral no seio da organização juvenil.

Além das acusações de favorecimento, há denúncias de ameaças diretas aos delegados para que não apoiem o candidato Hach. Informações que circulam em grupos privados sugerem que, em alguns locais, os delegados foram instruídos a não receber Hach em suas visitas , numa estratégia clara de limitação de sua visibilidade e interação com os visitantes. Essas denúncias levantaram sérias questões sobre a integridade e imparcialidade do processo, com potencial para minar a confiança nas práticas democráticas internacionais da organização.

Diante destas considerações, torna-se essencial que as lideranças da JMPLA assegurem um ambiente de equidade e respeito entre os candidatos, de modo a preservar a legitimidade do processo eleitoral e a confiança da juventude na organização. Os observadores e setores da sociedade civil têm defendido o reforço dos mecanismos de supervisão para garantir que o pleito reflita genuinamente a vontade dos delegados e, por extensão, dos jovens angolanos que eles representam.

Essas eleições transcendem a simples escolha de um líder; elas representam um verdadeiro teste ao compromisso democrático da JMPLA e à capacidade da organização de se alinhar aos princípios de transparência e justiça, valores indispensáveis ​​para o futuro político e social de Angola.

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