IRMÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ACUSADO DE ENVOLVIMENTO NA MORTE DE CIDADÃO ARGENTINO POR DÍVIDA DE DOIS MILHÕES DE DÓLARES

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O general Sequeira João Lourenço, chefe-adjunto da Casa Militar da Presidência e irmão do Presidente da República, está à ser acusado por uma cidadāã angolana de estar implicado na morte do seu marido, de nacionalidade argentina, no contexto de uma dívida de dois milhões de dólares.

A denúncia, publicada pelo Imparcial Press, foi feita pela viúva, identificada apenas como Juliana. Segundo a denunciante, a empresa do general, SJL, contraiu a dívida junto do seu falecido marido, que na altura trabalhava a na área de logística da Casa Militar, no âmbito de um negócio de importação. Após a morte do cidadão argentino, ocorrida em circunstâncias consideradas suspeitas num acidente de viação na província do Cuanza Sul, o general Sequeira João Lourenço recusa-se a pagar a dívida à família Juliana relata uma série de acontecimentos que a densam a suspeita sobre o caso.

 Antes da morte do marido, ela havia apresentado uma queixa-crime contra o general, sendo representada pelo antigo primeiro-ministro Marcolino Moco. Pouco tempo depois, d seu marido morreu no acidente e Marcolino Moco foi afastado do cargo de administrador não-executivo da Sonangol. “Acredito que os dois acontecimentos estão relacionados, porque estávamos a lidar com alguém muito poderoso”, afirmou a viva. A denunciante assegura ter tentado resolver a situação de forma amigável, mas encontrou sempre resistência por parte do general, que agora nem sequer atende as suas chamadas.

Numa tentativa de mediação, Juliana contactou a filha do general, Neusa, que acabou ameaçada pelo próprio pai para não se envolver no assunto”. Apelo desesperado ao Presidente da República A viúva recorda que, antes da tragédia, tentou expor o caso pessoalmente ao Presidente João Lourenço durante um evento oficial, mas foi impedida.

“Pouco depois recebi um telefonema do general a repreender-me e, dias mais tarde, o meu marido morreu no acidente no Cuanza Sult, relatou. Em desespero e a enfrentar dificuldades financeiras, Juliana apela agora à intervenção directa do Chefe de Estado para a resolução do caso. O general Sequeira João Lourenço, para além do seu alto cargo na Presidência, é uma figura envolvida em outras controvérsias, incluindo a aquisição de aviões da Sonangol e denúncias de desvio de recursos da Unidade de Execução de Desminagem (UED), o que, segundo as acusações, terá prejudicado operações vitais no país. F.L

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