PAZ E BEM: O SILÊNCIO COBARDE DOS QUE DIZEM TEREM PODER POLÍTICO E ECONÓMICO EM CABINDA
Custa-me crer que os filhos e filhas de Cabinda, que dizem ter poder estejam impavidos face as injustiças impregnadas sobre a sua população.
A busca de fontes de financiamento para garantir a sustentabilidade do país não pode ser alcançado a custa de sacrifícios de uns em detrimento de outros.
Desculpem-me, não falo por mim, mas pelo futuro dos meus filhos e filhas que estão sendo condenados a viver um futuro amargo na Terra que os viu nascer com a conivência do silêncio cobarde dos que dizem terem o poder politico e económico na terra que os viu nascer.
Se Cabinda faz parte das províncias de Angola, sinceramente, não se admite as acções administrativas, económicas e financeiras que se fazem sentir nesta parcela que é parte fundamental do Orçamento Geral do Estado, que beneficia outras partes do nosso território, onde jorra leite e mel, infelizmente, mal distribuído.
A promessa de se dar maior atenção a província de Cabinda tem sido uma quimera e somente bate palma aqueles que usufruem das benesses a custa do sacrifício dos seus próprios irmão e irmãs.
É hora, de mudar o quadro de indigência a que estão voltadas a maioria da população na província de Cabinda. Tudo é caro, até sobreviver é caro, aos olhos daqueles que fecham os olhos ao clamor do sofrimento das populações.
Chega de darem migalhas a já sacrificada população de Cabinda, dificuldades em transportação para o resto do país, custo da cesta básica elevadíssimo, investimentos para o desenvolvimento da província deficitários, dívidas públicas de empresas que prestaram serviços ao Estado em momentos cruciais da vida do país sem serem pagas, obras temporais inacabadas, infra-estruturas rodoviárias amigas da morte e desgraças, saneamento básico deficitário, escassez de empregos e oportunidades de trabalho, silenciamento dos activistas que clamam por justiça, proliferação de seitas religiosas que dividem famílias com pregação de falsas profecias a busca de lucro fácil, fome, encerramento do porto de Kimbumba,corredor de Cabinda, especulação de preços do Catamarã, preços a dispararem, subdesenvolvimento das aldeias, especulação de preços dos bilhetes de passagens da TAAG para Luanda e vice-versa, podendo chegar de 80 mil(Económica) a 400 mil(Executiva), entre outros males que enfermam o enclave de Cabinda.
O que fazem os filhos e filhas de Cabinda junto do poder político central do país? Como sentem-se felizes com o sofrimentos seus concidãos? Como aceitam que o subdesenvolveimento seja apanágio numa terra onde jorra leite e mel que alimenta o resto do território nacional?
O Silêncio cobarde da disciplina partidária não combina com os desígnios de Deus nos dos quais exibem-se sendo cristãos hodiernos, baptizados, comungantes e crismados.
É necessário fazer ecoar a voz da justiça encarcerada sob modus vivendis e operandis que somente promovem o subdesenvolvimento de uma terra linda e rica cheia de recursos minerais, que não beneficia a maioria da sua população.
A banalização dos propósitos de Deus, tem sido protagonizada por gente que se diz crentes em Deus, que ostentam cargos e funções para o seu belo prazer, em detrimento do serviço público, o que vai gerando muita corrupção, nepotismo, tribalismo, xenofobia, entre outros ismos que beneficiam apenas aqueles que pretendem manter o subdesenvolvimento deste lindo território que viu nascer os meus filhos e filhas de sangue e de fé.
Muitas áreas de formação especializadas são chamadas a serem incorporadas no ensino superior para evitarem o êxodo populacional juvenil que muito serviriam para desenvolver o Enclave de Cabinda.
Enquanto, continuarem calados face as injustiças sob capa da disciplina partidária o sofrimento da população apenas vai aumentar, É preciso que sejam eliminadas as barreiras que concorrem para o subdesenvolvimento e infelicidade da população de Cabinda. Aqui são chamados a agirem todas as pessoas que dizem amar Cabinda.
É absurdo ver os preços que se estão a praticar em Cabinda, em detrimento das outras partes de Angola. Por causa da separação por terra e ligação por mar e aérea, deveria-se ter uma maior atenção para com a província de Cabinda em todas as suas dimensões sociais, económicas e financeiras.
Basta de tanta injustiça social para uma população cujas riquezas são fundamentais para o Produto Interno Bruto (PIB), que sustentam o OGE. Que hajam melhores redistribuição dos proventos para o desenvolvimento desta parcela do território e alegria da sua população.
Não adianta terem muitos intelectuais cafricados pelo silencio da disciplina partidária sob o olhar impávido dos sofrimentos a que estão voltados os seus. Urge mudança de mentalidade!!!
Matondo ke Tata Zambi.
Abu Piah!!!!
RAÚL TATI