QUEM PROTEGE O BURLADOR FRANCISCO DA SILVA: PGR CORROMPIDA NO CASO JEFRAN QUE BURLOU MAIS DE 400 CLIENTES?
A dívida da imobiliária Jefran a clientes (compradores) de imóveis estimada em mil milhões e 142 milhões de kwanzas, entretanto, este caso que não é novo, conheceu um desfecho negativo para os lesados, que atribuem nota negativa a justiça angolana e ao combate contra corrupção.
Por incumprimento dos contratos assinados com os clientes, o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC) recebeu cerca de 372 reclamações, desde 2017, que culminou, depois de várias reuniões e negociações, com a suspensão da imobiliária Jefran do exercício da actividade comercial imobiliária, ate 2019, o Tribunal chegou de encerrar escritórios da empresa e a PGR penhorou a Clinica Anjos da Guarda e a Seguradora Masta ligada ao grupo do burlador JEFRAN.
Entretanto, estranhamente a imobiliária reabriu todas empresas do grupo JEFRAN,
Entretanto, a empresa fazia vendas de um imóvel, de um determinado promitente-comprador, a vários clientes, situação que, de acordo com Eugénio de Almeida do INADEC, tornou a relação da imobiliária com os clientes insustentável.
“Chegou uma altura que vimos que a situação estava insustentável, porquanto muitos dos imóveis que estava promitentemente vendido a consumidores eram entregues a terceiros. A Jefram fazia negócios de um mesmo imóvel com várias pessoas”, denunciou.
“O processo Jefran já remonta de há 10 anos. Os consumidores procuraram INADEC desde o ano de 2017 e eles já traziam esse diferendo desde 2012, porque o projecto começou em 2010”, explicou naltura ao Repórter Angola, o director-geral adjunto do INADEC, até Final de Novembro deste ano de 2025, desconhece-se o veredicto final deste processo, visto que o protetor do JEFRAN passou por detrás do Tribunal e pala porta do fundo com luvas na mão corrompeu a justiça e lhe deram as chaves das empresas já encerradas há anos, os lesados ficaram cada um a sua sorte, sem a seriedade da justiça, não existe mais nenhuma outra instancia onde um pobre cidadão possa recorrer para se queixar.
Assim o burlador venceu os lesados, o tribunal fechou os ouvidos, a imprensa fechou as vistas, o assunto morreu na barra, como se diz na gíria, este é o país do pai banana.
Esta dívida foi contraída com pelo menos 400 clientes, que celebraram contratos para a obtenção de casas nos regimes de pré-pagamento e de renda resolúvel, no período de 2012 a 2017, mas infelizmente foram burlado pelo empresário Francisco da Silva, Os contratos de compra e venda de imóveis rubricados pelas partes (imobiliária e clientes), segundo dados em posse do Repórter Angola, previa um período de entrega das casas de 12 a 18 meses.
Empresário Francisco Silva da JEFRAN acusado de burlar mais de 400 clientes, nega acusações e confirma apenas 130 pessoas alguns com situação irregular em termo de pagamentos, em declarações ao Reporter Angola.
A construtora Jefran foi também acusada de ter burlado uma família que, em 2016, adquiriu uma residência do tipo T3 no valor de 15 milhões de kwanzas, no condomínio “Vila Israel”, no distrito urbano do Benfica, em Luanda.
O cidadão Jorge Vantrier, alegada vítima, contou ao Repórter Angola que a casa foi paga na totalidade, mas para a surpresa dos familiares, a construtora Jefran decidiu trocar as fechaduras do imóvel e colocou seguranças no local para impedir a sua entrada isto depois da casa ter sido dada ao proprietário.
“Na casa número 34, a empresa Jefran meteu um agente de segurança sem sabermos as razões e dentro tem um morador que está a fazer obras numa outra residência dentro da vila”, disse.
Jorge Vantrier relata que a família procurou saber das motivações para tal medida da construtora, esta terá alegado que, a residência em causa estava em litígio e por esta razão, deviam se dirigir aos escritórios da Jefran para os devidos acertos.
“Temos os documentos todos, desde o termo de quitação e de entrega da casa nº 34 passados pela Jefran, por isso, não entendemos o tipo de litígio que temos, uma vez que temos em posse os comprovativos do pagamento completo da casa”, esclareceu.
A vítima considera atitude “inconfessa” da empresa Jefran, ao colocar um segurança sem o consentimento do cliente/proprietário do imóvel, mesmo tendo recebido o dinheiro completo na venda da referida casa.
“Entraram para a residência onde tem material de construção e trocaram as fechaduras todas”, reforçou, revelando que, para além da casa nº 34, a sua família adquiriu igualmente mais cinco vivendas no mesmo condomínio “e foram entregues inconclusivas apesar do pagamento cem por cento do valor”.
Nas declarações aos órgãos de comunicação social, Jorge Vantrier, afirmou que os familiares desconfiam que a construtora tenha sido “desonesta” ao vender a residência a um outro cliente, por este facto fala em legítimo, que para ele “nunca existiu”.
“Se a Jefran tem os documentos todos, como alegar existir litígio?”, questionou o cidadão, visivelmente insatisfeito com o cenário que enfrenta, sublinhando que, caso à construtora “teimar em não resolver o assunto amigavelmente, a única solução será os órgãos de justiça”.