REVOLUÇÃO ARMADA NO NEPAL: GOVERNO CAI APÓS PROTESTOS VIOLENTOS
O Nepal vive um momento histórico e tenso após dias de manifestações massivas contra o governo liderado pelo Primeiro-Ministro K.P. Sharma Oli, do Partido Comunista Maoísta. O estopim da crise foi a censura da internet e denúncias graves de corrupção dentro do governo, o que gerou revolta popular e uma onda de protestos civis sem precedentes.
Nos últimos dois dias, as ruas das principais cidades foram tomadas por manifestantes armados que invadiram o Palácio Presidencial, depuseram o Primeiro-Ministro e atearam fogo em diversos prédios governamentais, incluindo o Parlamento. A casa do próprio Primeiro-Ministro foi incendiada durante os confrontos.
A situação escalou rapidamente e resultou na morte de 19 civis em confrontos violentos com as forças policiais, que tentaram conter os protestos. Sob intensa pressão, Oli renunciou ao cargo nesta manhã (horário de Brasília), acompanhado por vários ministros e secretários do seu governo, enquanto a crise política se aprofunda.
Esse episódio marca o fim do governo Maoísta e o início de uma nova fase de instabilidade e transição no Nepal. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos, pois a instabilidade pode afetar toda a região do Himalaia.
A crise do Nepal expõe a fragilidade do regime autoritário e o desejo da população por reformas democráticas, transparência e justiça social.
