ATLETAS FAZEM QUEIXA DA PISTA

Os atletas do Interclube e do Petro de Luanda queixaram-se das “condições inapropriadas” do campo adjacente à Faculdade de Medicina, na Centralidade da Quilemba, colocadas para acolher as provas de atletismo da Taça de Angola, disputadas no último fim-de-semana na cidade do Lubango, província da Huila.
O capitão do Interclube, Nicolau Buende, mostrou-se descontente com as condições da pista:”Infelizmente, não estão óptimas para as provas técnicas, especialmente, as de saltos e corridas com barreiras. O piso não é propício para a prática de atletismo”.
Lúcia Capingala, fundista do Petro de Luanda, afirmou que treina em “pista com dimensões reais” e a do campo adjacente à Faculdade de Medicina não reúne as condições ideais. Face à diferença na dimensão, “não foi possível controlar” o tempo, o que se reflectiu no resultado: “Tive dificuldades para alcançar a marca ideal”.
Com o mesmo pensamento, manifestou a petrolífera Carolina Yonengue. A vencedora dos 100 metros barreiras feminino realçou a falta de qualidade da pista: “É inapropriada para os atletas seniores”.
Yonengue apela à Federação Angolana de Atletismo a encontrar opções que visem proporcionar o desenvolvimento: “Temos de correr na pista de tartan, para que os nossos tempos possam melhorar”.
Em reacção, o presidente da Federação, Bernardo João, justificou as razões de organizar o evento num “espaço inapropriado”: “Realizámos as provas nestas condições para persuadir o governo local a dar outra força à modalidade e equipar o Estádio Nacional Tundavala com a pista de tartan”.