CORRUPÇÃO E NEPOTISMO NA ZEE: UNS COMEM OUTROS LAVAM OS PRATOS

Manuel Pedro Francisco, Presidente do Conselho de Administração da Zona Económica Especial (ZEE, EP), está sendo acusado de usar a ZEE PRO empresa fantasma para desviar fundos, empregou para cargos de chefia seus familiares, amigos e promoveu-os a cargos de chefia auferindo salários acima de 2 milhões de Kwanzas mês na ZEE, EP no Município de Viana Zona Luanda – Bengo.
POR: KIAMUKULA KANUMA
Dezanove trabalhadores da Zona Económica Especial (ZEE, EP) em representação dos 56 procuraram NA LENTE DO CRIME, denunciam o ambiente a que estão submetidos, desde a entrada do PCA Manuel Pedro Francisco, contam, “estamos em conflito laboral, entre o trabalhador e o empregador, divididos em duas alas, uma “os benditos que são 33 e os malditos composto por 56” os benditos inclui a direção e a suposta Comissão Sindical da empresa que não funciona (está corrompida/comprada) inclui os amigos do PCA recém integrados no quadro de funcionários da ZEE, EP reiterou.
De acordos os trabalhadores, os familiares e amigos do PCA foram catapultados a cargos de chefias nos departamentos como: Finanças, Marketing, Área Comercial e no Departamento de compras, disse.
A divisão surge com o Decreto Presidencial do então Presidente José Eduardo dos Santos que anula os contratos firmados em dólares para a moeda Nacional.
Com a extinção destes contratos aos trabalhadores, coube-lhes o direito de receber subsídios em valores monetários em Kwanzas.
Reajustados e convertidos, só que uns recebem (os 33 trabalhadores) outros 56 não, sem qualquer explicação dos critérios que usam.
Já têm vindo a receber os valores desde a Gestão do ex-PCA António Henriques apenas os 33 selecionados incluindo os novos chefes, asseverou.
Receberam mais excluiram-se da lista
Os trabalhadores descontentes exibiram duas listas dos beneficiados e não beneficiados, o curioso é, os nomes do Manuel Pedro (PCA) e dos Administradores, foram suprimidos “, conta.
Continuou: Porquê? Se eles receberam? Os malditos, são 56 trabalhadores dos 89 que em princípio constavam da lista e que não se compadecem com os novos chefes vindos de casa e já auferem salários acima de 2 milhões de Kwanzas e não devem beneficiar dos subsídios do contrato revogados de UDS/Kwanzas porque na altura eles não existiam.
Pelo direito que nos confere, temos que nos calar? Interroga-se, vivemos “murmurando” nos cantos destas irregularidades, temos o mesmo tempo de trabalho, mesma profissão) mais apenas uns recebem subsídios do contrato em USD no valor que vai desde oitocentos mil a dois milhões e quinhentos mil Kwanzas isso o pessoal de base, se abrires a boca és conotado como, anti-social e passa directamente para a lista negra.
KZ 142 milhões ao PCA e 70 aos Administradores
O PCA mimou-se com 142 milhões de Kwanzas, os Administradores como: Amor Belo, Sebastião Cambanza e a Lueji Luzia da Costa, directora financeira, com KZ 70 milhões cada até a ex-directora das Finanças Carla*** todos chegaram depois de nós e já os contratos em dólares estavam extintos, mas ainda assim receberam, acusa.
ZEE PRO empresa fantasma
De acordo os trabalhadores Manuel Pedro, usa a ZEE PRO empresa fantasma onde é encaminhado o dinheiro desviado, em princípio foi criada para fazer projectos arquitetónicos da ZEE, EP, agora é o canal para desviar os fundos da ZEE, EP. e também tem servido para encaminhar os trabalhadores reclamantes, asseverou.
Tentamos vários acordos sem sucesso, o caso foi entregue ao tribunal cível para a solução que aguardamos até hoje, lamenta.
Quero acreditar que a ZEE, EP tenha vida financeira saúdavel, também não é por acaso que o PCA Manuel Pedro fez o “crédito” a si próprio no valor de 142, milhões de Kwanzas na empresa como se trata-se de Banco né? Mais nós estendemos que era para fugir o fisco e o pagamento dos juros.
Aliás Manuel Pedro tem vindo a divulgar na Imprensa que a ZEE, EP está saudável quando a este quesito, nós somos uma plataforma produtora.
No contraditório a nossa equipa contactou Jaime Ferreira director do Gabinete de Comunicação, o dirigente sindical e o Gabinete Jurídico que evasivamente refutam as acusações, adiante disseram: “não estamos permitidos falar oficialmente, fala mesmo com o Administrador Amor Belo, afinal ele recebeu este dinheiro né”! Exclamou o dirigente.