EX-MINISTRO PORTUGUÊS ELOGIA ESFORÇO DE ANGOLA NA MELHORIA DO SECTOR DA SAÚDE

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O ex-ministro da Saúde de Portugal Adalberto Fernandes enalteceu sábado, em Luanda, os esforços do Governo angolano para a melhoria do Sistema Nacional de Saúde, destacando a construção de hospitais modernos de referência e com tecnologia avançada.
Adalberto Fernandes, que falava em entrevista ao Jornal de Angola, por ocasião do 4.º Congresso da Clínica Girassol, disse que Angola está a dar passos importantes e significativos, particularmente na dimensão e expansão dos serviços hospitalares, para a constituição de uma rede hospitalar forte e próxima da população.
O ex-ministro salientou, no entanto, que é papel do Estado estabelecer políticas equitativas e justas indispensáveis para a garantia da saúde para todos, que obriga a constituição de sistemas de saúde resilientes, efectivos e com uma forte componente no pilar da saúde pública, promoção da saúde e prevenção das doenças.
Assegurou, igualmente, que um bom investimento no capital humano permite que os países cresçam de forma sustentável.
O também especialista em Saúde Pública mencionou que os desafios que se colocam no sector da Saúde são enormes, obrigando, em primeiro lugar, o emprego de mais recursos financeiros e de quadros humanos qualificados.
“Este sector apresenta-se com enormes desafios políticos que temos pela frente e que Angola, seguramente, também enfrenta”, assegurando que a grande luta é não deixar ninguém para trás, e não olhar a saúde como algo que discrimina, sobretudo as pessoas que mais necessitam.
Adalberto Fernandes reconheceu que um dos maiores desafios que a medicina moderna enfrenta tem a ver com a igualdade.
O ex-ministro da Saúde disse que a par da construção de mais infra-estruturas, os Estados devem apostar mais na saúde materno-infantil, “pois a saúde pública é essencial e a base de qualquer programa de intervenção em qualquer país”.
Para Adalberto Fernandes, é necessário compreender que questões como a vacinação, ambientais, saúde materna, infantil, saneamento básico, tratamento das águas, entre outras, são temas efectivos e que com poucos recursos financeiros se conseguem bons resultados.
O acto serviu, também, para o ex-ministro aconselhar os países para que invistam mais em cuidados de saúde de proximidade, equipas de saúde, centros de saúde, médicos e enfermeiros de família, hospitais diferenciados qualificados e devidamente equipados para uma maior cobertura.
O médico explicou que o investimento passa também pela aposta em coisas básicas, como a protecção das mulheres, crianças, mulheres grávidas e na luta para a diminuição da taxa de mortalidade infantil.
“A saúde é uma despesa que cresce permanentemente e, com isso, aumentam as necessidades, a população envelhece, a carga da doença eleva e sabemos que a inovação tecnológica, inovação dos medicamentos e a aquisição de novos dispositivos médicos são muito caros”, ressaltou.
Apelou, também, para que os Estados estejam preparados para despesas contínuas no sector. “Não devemos olhar para despesas da saúde como um custo, mas como um investimento estratégico para o povo, para uma população mais saudável e activa”, disse o antigo ministro da Saúde de Portuagal do XXI Governo Constitucional – 2015 a 2018.

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