SILÊNCIO DA FEDERAÇÃO DE ATLETISMO INQUIETA OS ASSOCIADOS

Pelo menos oito presidentes de associações provinciais subscreveram uma petição ao presidente da Mesa da Assembleia-geral da Federação Angolana de Atletismo (FAA), António Cangombe, para que se pronuncie em relação ao processo de renovação de mandatos e das irregularidades identificadas em torno do mesmo.
A iniciativa é da Associação de Luanda e resulta do facto do cidadão, Cândido Fortunato, ter-se apresentado como presidente da Comissão Eleitoral da Federação, no encontro mantido a 21 de Agosto, com o secretário de Estado, Paulo Madeira. Os associados alegam desconhecer a indicação de qualquer comissão eleitoral.
Assinaram o documento os presidentes Pascoal Tchituma (Luanda), Domingos Caxala (Bengo) Cleofas Jorge (Huambo), José Mame (Bié), António Alberto (Cuanza Sul), Simeão Dala (Cuanza Norte), Jone Bernabe (Lunda Sul) e Manuel Sumbo (Zaire).
Os associados desejam legalidade na FAA, onde em todo o mandato não se realizou qualquer exercício de prestação de contas. “O silêncio incomoda e quando, de forma oficiosa nos apercebemos de movimentações ilegais, temos de dizer algo. Estamos preocupados porque noutras federações já há movimentos, têm processos eleitorais em andamento”, comentou Cleófas Jorge.
Na mesma linha de pensamento falou Pascoal Tchitumba, líder da associação luandense, para quem a suposta comissão eleitoral não faz sentido. “Não é legítimo, não temos calendário eleitoral, não houve qualquer assembleia ao longo do mandato. Estamos atrasados, em relação a um processo que mereceu a atenção do secretário de Estado e a nossa Federação está em silêncio”.
O presidente da Associação de Atletismo do Bengo, Domingos Caxala, disse esperar da parte do responsável pela mesa da Assembleia-geral um pronunciamento claro.
“Há muito silêncio. Nunca houve prestação de contas, assembleia, estamos preocupados quanto a isso. No mandato anterior já tinha sido assim, a prestação de contas feita na última assembleia em más condições. O presidente da mesa da Assembleia-geral deve pronunciar-se claramente, porque é competência dele, convocar a Assembleia-geral”.