A CORRUPÇÃO: O CÂNCER QUE MINA ANGOLA

A situação atual de Angola é alarmante. A saúde está em coma, a educação de luto, e a justiça parece estar em soluços. O emprego se tornou um bem escasso, a habitação vive uma crise profunda, e a alimentação se tornou um luxo para muitos. A energia é escura e a água, que deveria ser um direito fundamental, se apresenta como uma frustração constante. E o cidadão? As promessas vazias e uma realidade que parece não ter fim.
Neste cenário desolador, a corrupção emerge como o câncer que corrói as estruturas do nosso país. Desde 1975, vivemos na esperança de dias melhores, mas essa esperança tem sido traída por aqueles que deveriam trabalhar para o bem comum. A corrupção não é apenas um problema ético; é uma questão que afeta diretamente as vidas dos angolanos, comprometendo serviços essenciais e minando qualquer possibilidade de desenvolvimento.
Os recursos naturais abundantes de Angola deveriam ser a base para um futuro próspero. Contudo, o que vemos é um desvio sistemático de verbas públicas e uma gestão irresponsável que favorece uma elite privilegiada em detrimento da população. Enquanto alguns poucos desfrutam de riqueza obscena, milhões lutam diariamente para sobreviver com o mínimo necessário.
É inaceitável que os cidadãos continuem a viver na esperança de que as coisas melhorem enquanto a corrupção se perpetua nas instituições públicas. Aqueles que ocupam cargos de poder têm a obrigação moral de agir com integridade e transparência. Infelizmente, muitos preferem se aliar ao nepotismo e ao favorecimento, criando um ciclo vicioso que mantém o país preso em sua própria decadência.
A entrega do poder a pessoas competentes deve ser uma prioridade urgente. É fundamental que novos líderes sejam escolhidos com base em suas capacidades e compromisso com a nação, não em laços familiares ou amizades pessoais. A mudança verdadeira só acontecerá quando houver coragem para enfrentar os sistemas corruptos que têm dominado nossa sociedade.
Angola precisa de uma revolução moral e ética. Precisamos de cidadãos conscientes e engajados na luta contra a corrupção, exigindo responsabilidade daqueles que nos governam. Somente assim poderemos romper com esse ciclo de desilusão e construir um futuro digno para todos os angolanos.