O MONSTRO ADORMECIDO: CRÍTICAS NOVO AEROPORTO INTERNACIONAL ANTÓNIO AGOSTINHO NETO INAUGURADO AOS 10 DE NOVEMBRO 2023

Um ano após a sua inauguração, o novo aeroporto internacional António Agostinho Neto ainda não recebeu voos comerciais, levantando sérias questões sobre a eficácia da gestão governamental e a real necessidade de uma infraestrutura dessa magnitude. A pressa em inaugurar o aeroporto, celebrada como um marco de desenvolvimento por parte do Governo angolano, parece ter sido mais uma demonstração de propaganda do que uma estratégia bem fundamentada.
A ausência de voos comerciais após quase um ano desde a sua abertura revela falhas significativas na preparação e na operacionalização da nova infraestrutura. O que deveria ser um símbolo de progresso e modernização para Angola transformou-se em um elefante branco, uma construção imponente que não cumpre seu papel principal: conectar o país ao mundo e facilitar o transporte aéreo para os cidadãos angolanos e turistas.
Isso levanta preocupações sobre a real capacidade do aeroporto para atender a demanda e garantir a segurança e conforto dos passageiros. É essencial que o governo não apenas promova a imagem do aeroporto como um hub internacional, mas que também trabalhe ativamente para assegurar que ele funcione efetivamente.
Além disso, essa situação levanta questões mais amplas sobre a transparência e a responsabilidade na gestão pública. A pressa em inaugurar sem garantir a operação adequada pode indicar problemas de planejamento ou mesmo interesses ocultos que priorizam a imagem do governo em detrimento do bem-estar dos cidadãos. O investimento em infraestrutura é crucial para o desenvolvimento econômico, mas deve ser acompanhado por uma estratégia clara que inclua viabilidade econômica, acessibilidade e impacto social.
Os angolanos merecem um aeroporto que funcione plenamente, que traga benefícios reais à economia local e que facilite viagens dentro e fora do país. É fundamental que o governo reavalie suas prioridades e trabalhe com seriedade para transformar essa visão em realidade. A população deve exigir respostas claras sobre os motivos da falta de voos comerciais e cobrar ações concretas para resolver essa situação.
Em suma, enquanto celebramos a construção do novo aeroporto António Agostinho Neto como um passo importante para Angola, não podemos ignorar as falhas na sua implementação. Um ano após sua inauguração, é hora de exigir não apenas promessas vazias, mas resultados tangíveis que beneficiem todos os angolanos.