DEPOIS DE DOIS CHUMBOS: ABEL CHIVUKUVUKU FOI AO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL PARA TENTAR LEGALIZAR O PRAJA SERVIR ANGOLA

Depois de ter sido chumbado duas vezes, o projecto político PRA-JA Servir Angola, liderado por Abel Chivukuvuku, apresentou esta terça-feira, 10, à corte judicial do Tribunal Constitucional (TC) um novo processo para a sua legalização.
REDACÇÃO CORREIO DA MANHÃ
“O grande propósito da comissão é legalizar e formalizar institucionalmente o partido, e não só, bem como organizá-lo para transmitir fé e esperança aos cidadãos a curto prazo”, disse aos jornalistas, Abel Chivukuvuku.
De acordo com Abel Chivukuvuku, o PRA-JÁ, caso seja aprovado, pretende servir o país e os angolanos, garantir a dignidade da pessoa humana, transmitir fé, esperança e a normalização da sociedade.
O coordenador do PRA-JA Servir Angola, Abel Chivukuvuku, afirma-se confiante na legalização do seu projecto político em 2024, salientando que há outros caminhos além do Tribunal Constitucional (TC) .
“Nós utilizámos normas do Código Penal e do Código Civil que nos permitiram relançar o processo”, um caminho que, segundo disse, nunca foi seguido antes.
O dirigente acrescentou que deram também entrada com quatro processos contra o Estado angolano, devido à não viabilização do partido, e alguns membros do projecto político estão já a ser ouvidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Além disso, “há outros caminhos” que preferiu não esclarecer, confiando que em 2024 o partido será legalizado.
“Porque conseguimos encontrar caminhos que os próprios órgãos não pensavam que existissem, pensávamos que nós estávamos neutralizados”, afirmou, acrescentando que dirigentes do sistema, incluindo a presidente do TC, tentaram convencê-lo a iniciar outro processo.
“Estamos com receio de que o mundo tenha uma percepção ilusória de Angola, por causa dos negócios e de interesses geoestratégicos, mas não, Angola são as pessoas, são os cidadãos. Têm de ter a noção de que a maioria da população em Angola sofre. Só estamos a pedir que façam os negócios, mas pensem sempre que Angola também são os angolanos, que têm necessidade de viver bem”, declarou.
“Não esperamos da comunidade internacional fingir que não sabem o que se passa em Angola (…) não existe milagre. Em Angola há sofrimento”, continuou o líder do PRAJA Servir Angola.